Resenha Todo dia - David Levithan



Oláaa!! Vamos conhecer o livro "todo dia", que vem fazendo o maior sucesso desde seu lançamento. 

Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.


Título Original; Everyday 
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501099518
Ano: 2013
Páginas: 280









Todo dia conta a história de A, um "espírito" de 16 anos que todo dia amanhece em um corpo diferente. O livro é constituído por uma história e um personagem diferente por capítulo, representando cada dia de vida de A. Um dia A acorda no corpo de Justin e conhece à Rhiannon, namorada dele, pela qual A se apaixona. Rhiannon é o que costura cada capítulo e faz com que cada história contada por A não seja totalmente distinta da outra.

  Após A passar um dia no corpo de Nathan, o menino começa a persegui-lo para descobrir a verdade, e juntamente com Rhiannon, as duas situações  são o fio condutor da história para chegar ao final, gerar as dúvidas e fazer da vida de A naquele período algo extremamente incomum do que ele vivera até aquele ponto. 

"Nunca vou me definir sob os mesmos critérios das outras pessoas. Nunca vou sentir pressão dos amigos ou o fardo das expectativas dos pais. Posso considerar todo mundo parte de um todo, e me concentrar no todo, não nas partes. Aprendi a observar, muito melhor  do que a maioria das pessoas faz." Pág.: 12

 Todo dia trata de vários assuntos muito presentes no dia a dia de todos nós, como depressão, conceitos de beleza e homossexualidade, em um capítulo com personagens que tem medo do que os outros pensarão e em outro onde a personagem é muito segura de sua própria existência. David Levithan trata destes assuntos com muita sensibilidade e com um objetivo de conscientização muito claro. Para alguns, o livro é  um pouco certinho de mais, porém, partindo do principio de que é um livro infanto-juvenil, é comum que problemas não sejam abordados do seu lado mais negativo e que o personagem não possua tanta negativa também.

" É somente nos pontos mais delicados que fica complicado e controverso a incapacidade de perceber que , não importa qual seja nossa religião, sexo, raça ou localização geográfica, todos nós temos cerca de 98% em comum com todos os outros. [...] Por uma razão qualquer, nós nos concentramos nos dois por cento da diferença, e a maior parte dos conflitos que acontece no mundo é consequência disto.uuh
 O único modo pelo qual consigo passar pela vida é por causa dos 98% que todas as vidas tem em comum. " Pág.: 70  

  Cada personagem foi construído com muita profundidade apesar de terem curtas participações, e nós vamos conhecendo muito melhor a própria Rhiannon, que mostrou muita maturidade em relação a A e fragilidade em relação a Justin, o que pode causar grande identificação nas leitoras de idade aproximada que passam pela mesma situação, que sabemos, não é algo raro. No entanto, senti muitas vezes que não conhecia a verdadeira personagem por ela ser vista por A quase o tempo todo. 
Confesso que o final não foi o que eu esperava, mas ele trouxe mais uma lição como veio acontecendo em todo livro e o fim foi do jeito que tinha que ser. Esperava descobrir, também, porque A mudava de corpos desse jeito, mas não me fez falta essa explicação porque o objetivo do livro não era esse. 

" É isso que o amor faz: que você queira reescrever o mundo. Que você queira escolher os personagens, construir o cenário, dirigir o roteiro. A pessoa que você ama senta de frente para você,e você quer fazer tudo que estiver ao alcance para tornar isto possível, infinitamente possível. E quando são apenas vocês dois numa sala, você pode fingir que é assim que as coisas são, que é assim que serão. Pág.: 151"

 A escrita de David Levithan foi muito gostosa e deu ritmo a leitura. O tamanho do livro também não deixou a desejar, que apesar de ser um assunto delicado de se tratar, um assunto que exige explicações, as 270 páginas foram o suficiente para capítulos sem tirar nem pôr. A vantagem das várias historias de Todo dia é que  vai ter sempre uma com a qual você se identifica, a história sobre a menina depressiva por exemplo me tocou de vários modos, para mim esta é uma das mais profundas do livro juntamente com as últimas páginas, que me provocou algumas lágrimas em vários momentos.  

" Eu sempre fico impressionado com as pessoas que sabem que algo está errado mas ainda insistem em ignorar, como se isso, de alguma forma, fizesse que os problemas desaparecessem. Elas se poupam do confronto, mas terminam ressentidas de qualquer maneira. " Pág.: 106 

 Achei o livro tão bom, principalmente nos dois pontos altos, para mim, que se tornou um dos melhores livros do primeiro semestre deste ano e recomendo para todos vocês, como presente, para leitura, acho difícil alguém não gostar de nada neste livro, mesmo que goste menos, vai gostar. 

Beijos!!!!
Até a próxima queridos. ;D

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